Olá, psi! Eu sou a psicóloga Luiza Aguiar e este é o podcast “Ansiedade em foco”. Semanalmente, eu e um convidado informamos como a ansiedade pode ser tratada por diferentes profissionais da saúde, de maneira individual ou colaborativa.
O foco deste episódio é a alimentação e o convidado é o nutricionista Muriel Hamilton Depin (CRN 10/11778), também conhecido como “o barriga positiva”, porque no dia 31 de agosto foi comemorado o dia do nutricionista.
Muriel tem graduação pela Universidade Federal de Santa Catarina e especialização em transtornos alimentares pelo AMBULIM. Ele trabalha como diretor de comunicação da Associação Brasileira de Transtornos Alimentares, além de oferecer acompanhamento nutricional de maneira online e presencial.
.
.
– Luiza: De onde você é, Muriel?
– Muriel: Olá, tudo bem? Falo atualmente de Florianópolis, Santa Catarina, no sul do país.
.
– Luiza: Você pode contar mais sobre o seu trabalho e como você identifica a ansiedade nos seus clientes?
– Muriel: Claro! Eu atuo com a abordagem comportamental, que é focada no indivíduo e na sua relação com a comida. Meu trabalho envolve ajudar a pessoa a ter autonomia ao invés de dizer o que e quanto ele deve comer. Uso ferramentas de outras abordagens como: Terapia cognitivo comportamental (TCC), Aconselhamento nutricional, Entrevista motivacional, Mindfull eating (comer com atenção) e Comer intuitivo. Eu consigo identificar a presença da ansiedade no diário alimentar, ferramenta que tem uma parte dedicada para sentimentos/pensamentos.
.
– Luiza: Quais são os principais desafios que você vê no seu trabalho quando se trata da ansiedade?
– Muriel: A ansiedade pode influenciar de duas formas a alimentação: pode fazer a pessoa não conseguir comer e pode fazer ela comer exageradamente para lidar com suas emoções. Ambas são bem desafiadoras.
.
– Luiza: Existem mitos comuns sobre a alimentação que você gostaria de esclarecer?
– Muriel: Acho que tem vários, os mais comum que percebo em consulta envolvem carboidratos, açúcar e frutas. Nenhum faz mal por si só, apenas em excesso, como qualquer coisa – até mesmo a água.
.
– Luiza: Quais são algumas das estratégias mais eficazes que você utiliza para ajudar as pessoas a reduzirem a ansiedade em relação à alimentação?
– Muriel: Primeiro evitar restrições, depois vai envolver desenvolver novas habilidades para lidar com as emoções sem ser através da comida. Outro ponto que costumo olhar para melhorar os sintomas da ansiedade é ficar atento no consumo de fontes de cafeína e de álcool.
.
– Luiza: Você acredita que diferentes profissionais de saúde podem contribuir com a redução da ansiedade?
– Muriel: Com toda a certeza, ter uma equipe multiprofissional é um diferencial para tratar alguma condição. Ainda mais no caso da ansiedade, em que bons hábitos de vida contribuem para a melhora de sintomas.
.
– Luiza: Que profissional já contribuiu com você e os seus clientes?
– Muriel: Eu trabalho sempre com psicólogos (inclusive já trabalhamos juntos em alguns casos) e psiquiatras. Mas já colaborei também com profissionais da educação física e fisioterapeutas.
.
– Luiza: Para encerrar, Muriel, qual é a principal mensagem deste episódio que você gostaria que as pessoas se lembrem?
– Muriel: Que emoção não assumida vira comida, então vamos aprender a identificar melhor as nossas emoções e aceita-las. Vivemos em um mundo que quer que sejamos apenas felizes, e isso não existe, é irreal. Tudo bem sentir o que quer que estejam sentindo.
.
– Luiza: Muriel, muito obrigada por participar do episódio um do podcast “Ansiedade em foco”. Como as pessoas podem te encontrar na internet?
– Muriel: Vocês podem me encontra no Instagram, no @obarrigapositiva.
.
.
Psi, espero que tenha gostado de conhecer o Muriel e como a ansiedade pode influenciar a nossa alimentação. Compartilhe este episódio com uma amiga psi para juntas ajudarmos mais pessoas a reduzir a ansiedade para viver com tranquilidade.
Nos reencontramos na quarta-feira que vem, às 13h de Brasília, para o episódio “Prevenção” com a psicóloga Gardênia Pereira (04/49264)!
Escute o podcast no YouTube, Instagram ou Facebook!
.
Luiza Aguiar Soares
Psicóloga | CRP 04/65266
Texto publicado em 04/09/2024